O Grande Amor: Onde Finalmente me Encontrei

Uma jornada íntima, engraçada e surpreendente sobre amor, solidão e destino, com tarot e autoconhecimento. A descoberta mais óbvia e mais difícil de todas. O que acontece quando a fuga acaba e a paz chega? Quando a vida ensina com tapas e risadas: que deixar ir é um ato de amor próprio, e estar sozinha deixa de ser castigo para virar um solo fértil. 🌱 Você já sentiu que o seu lar sempre esteve com você?

AUTOCONHECIMENTOCONEXÃORELAÇÃO AMOROSA

10/26/20254 min read

Eu achava que liberdade era poder partir, não criar raízes, não depender de ninguém, não dar satisfações.
Eu achava que a felicidade morava na próxima cidade, no próximo amor, no próximo começo.
- O que me pertence, para que eu possa abandonar?

Mas a vida tem sido pra mim uma grande professora, e às vezes parece que estou vivendo um filme de comédia.

Sou a protagonista de uma história com altos e baixos, onde tudo parece dar errado, e no final dá certo.
Entre tantas coisas (mesmo!) a vida me ensinou que às vezes você não precisa ir embora para se encontrar.
Só é preciso voltar… para dentro.
E o mais louco foi que entendi isso em uma rave!
Anos de estudo de autoconhecimento e meditação, e foi em uma rave que senti na pele o que os estudos tentavam me mostrar.

Um novo capítulo começa em minha vida. Sinto isso pulsando tão forte.

Nesse cenário eu me apaixonei por um rapaz, em apenas um olhar.
Corri atrás, tentei. O Tarot disse que não valia a pena, mas eu me arrisquei.
Em minha fútil arrogância, mais uma vez pensei que poderia mudar o destino.
Quebrei a cara, e finalmente entendi, pelas ações dele, porque o Tarot disse que não...
Utilizei meus conhecimentos, reprogramei minha mente e desapaixonei.

Já vivi um pouco, e precisei aprender a desapaixonar outras vezes.
E sempre vinha a sensação de culpa, que eu estava abandonando alguém ou algum sonho (um futuro imaginado que jamais aconteceria).
É incrível como dessa vez não foi abandono: dessa vez foi resgate.
Um não ao outro e um sim bem grande para mim.

A sensação é que voltei para mim mesma mais inteira, com mais força e coragem pra conquistar meus sonhos.
Um grande sonho que eu tinha era construir uma relação amorosa.
E agora vejo que não fazia sentido o tamanho e peso que isso ocupava na minha vida. Estava desencaixado e desmedido. E o quanto estar sozinha, esses anos todos, me trouxe profundo crescimento e aprendizado.
O quanto a solidão tem sido uma grande bênção na minha vida.
Minha realidade é o resultado de meus desejos mais profundos.

Quando o coração soltou aquilo que não cabia mais, descobri um espaço maior aqui dentro.
Um silêncio confortável e acolhedor.
Uma paz que conversa baixinho e diz:
“Você já está em casa.”

E que casa é essa?
A minha própria existência.
Aquela que por tanto tempo eu insisti em reformar, como se eu nunca fosse boa o bastante.
Por anos tentei me melhorar para merecer viver um grande amor.

E finalmente entendi:
- Não preciso merecer companhia.
- Não preciso de urgência.
- Não preciso provar meu valor.
- Eu sou o amor que busco.

Hoje acordei com essa sensação nova:
eu me pertenço e sou inteira.

Descobri que estar sozinha não é castigo, é terra fértil.
Eu sou consciência, eu sou terra fértil.
E aqui eu planto meus sonhos e projetos.
E vejo eles florescendo como fenômenos ao longo da ilusão do tempo.

É aqui que nascem meus sonhos de verdade:

Uma casa com quintal
A rede na sombra
O bolo no forno
O café na mão
Meu cachorrinho correndo atrás dos passarinhos
Minha voz mais afinada nos mantras
O Tarot aberto sobre a mesa
Meus amigos rindo na sala
Minhas plantas tomando sol de verdade (ao invés de presas dentro de um quarto de apartamento)
A vida acontecendo ao alcance das minhas mãos
Meus olhos construindo essa bela realidade

Não é mais fuga: sou permanência.
Agora eu quero aprender a ficar.
Aqui.
Comigo.
Em mim.
Enfim.
Nas minhas escolhas.
No meu propósito.
Entender a diferença entre abandono e pausa; entre abandono e escolher a mim mesma.

Que a mulher que serei em 12 meses me deixe orgulhosa de ser quem estou sendo agora. Decidi crescer para dentro, fortalecer minhas raízes, e finalmente colher meu próprio sustento: material, emocional e espiritual.

Estou de mudança. E não sei exatamente onde vai ser essa nova casa…
porém o mais importante eu já construí: o meu lar interno.

Bem vinda ao seu novo, e sempre, lar,
Angélica.

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Angélica L. Azambuja

Terapeuta Oraculista formada em Psicologia e Professora de Autoconhecimento com mais de 10 anos de experiência na área, pronta para guiar você em uma jornada de transformação autêntica e profunda.